Surf: cair e levantar rápido, resiliência, na prática para vida e trabalho

Hartmann Braun
Hartmann Braun
No surf e na vida profissional, cair e levantar rápido é essencial e Ian dos Anjos Cunha mostra como a resiliência se constrói na prática.

Surf e resiliência caminham juntos quando o assunto é aprender com a queda e reagir com velocidade. Ian Cunha destaca que o mar ensina, de forma direta, uma lição aplicável a qualquer área da vida: perder uma onda faz parte do processo, mas perder a postura diante do próximo desafio compromete toda a evolução. Essa lógica simples transforma o surf em uma metáfora prática de adaptação, constância e foco.

No surf, cair não é exceção, mas parte natural da jornada. A diferença real está na forma como o surfista reage ao tombo, controla a respiração, reposiciona o corpo e volta a ler o mar com clareza. Quando esse aprendizado é levado para o cotidiano, “cair e levantar rápido” deixa de ser um clichê motivacional e passa a funcionar como método concreto para lidar com erros, imprevistos e pressões constantes. Leia mais e entenda:

Surf: cair e levantar rápido e a resiliência que começa na cabeça

A resiliência no surf começa muito antes do take off. Ela se constrói na mentalidade de treino contínuo e na aceitação de que cada erro carrega uma informação valiosa. O surfista que entende a queda como feedback aprende mais rápido e evolui com menos desgaste emocional, enquanto aquele que interpreta o tombo como fracasso tende a travar seu próprio progresso.

Entre ondas, quedas e recomeços, Ian dos Anjos Cunha traduz o surf em lições reais de resiliência para a vida e o trabalho.
Entre ondas, quedas e recomeços, Ian dos Anjos Cunha traduz o surf em lições reais de resiliência para a vida e o trabalho.

Segundo Ian Cunha, quando o erro deixa de ser encarado como um problema pessoal e passa a ser tratado como ajuste técnico, o drama diminui e a precisão aumenta. Essa mudança de perspectiva também se aplica ao ambiente profissional, ao empreendedorismo e à liderança. A pergunta deixa de ser “por que falhei?” e passa a ser “o que preciso corrigir agora?”, o que fortalece a tomada de decisão e cria uma postura emocional mais resistente ao estresse.

Técnica, segurança e leitura do ambiente

No surf, levantar rápido não significa agir com pressa, mas com técnica e consciência. Após a queda, o surfista emerge, localiza a prancha, avalia a direção do set e administra a própria energia para não entrar em pânico. A prioridade é sempre a segurança, observando correnteza, fundo do mar e a presença de outras pessoas, antes de decidir a melhor forma de voltar ao pico.

De acordo com Ian Cunha, a prática constante do “reset” é o que diferencia o surfista reativo daquele verdadeiramente consistente. Reset, nesse contexto, significa respirar, ajustar a posição e retornar ao jogo com clareza. No dia a dia, essa habilidade se traduz na capacidade de recuperar o foco após uma reunião improdutiva, um erro estratégico ou um contratempo financeiro, reduzindo o tempo de recuperação emocional e aumentando a previsibilidade do desempenho.

Rotina de alta performance sustentável

A resiliência não se revela apenas nos dias de mar fácil. Ela se manifesta quando o vento muda, o mar fecha e as condições ficam mais exigentes. Nesses momentos, rotina e preparo físico valem mais do que motivação passageira. Sono adequado, mobilidade, força e técnica reduzem o risco de lesões, aceleram o aprendizado e diminuem o custo mental de sessões mais difíceis.

Conforme Ian Cunha frisa, alta performance sustentável é construída com limites inteligentes, em que insistir faz sentido, mas se quebrar nunca é opção. No surf, isso significa escolher ondas compatíveis com o nível técnico e o momento físico. Na vida, representa priorizar o que realmente move resultados e eliminar excessos. Resiliência, portanto, é disciplina aplicada com critério, não teimosia, permitindo crescimento contínuo com menos desgaste.

Em resumo, no surf, cair e levantar rápido é uma verdadeira escola prática de resiliência, pois obriga o indivíduo a agir com lucidez em cenários instáveis. Ao compreender a queda como parte natural do processo, aprende-se a respirar melhor sob pressão, a se reposicionar com agilidade e a transformar instabilidade em aprendizado. Para Ian Cunha, esse repertório não fica restrito ao mar, mas se estende para projetos, negócios, relações pessoais e decisões estratégicas. 

Autor: Hartmann Braun

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